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Ney Matogrosso lança CD carbono zero

Os fãs que comprarem o CD de Ney Matogrosso – “Beijo Bandido”, talvez não se dêem conta, em meio à ansiedade de escutar as músicas do disco, mas na contracapa do encarte está localizado um selo que é uma inovação em termos ambientais.

A estampilha é a confirmação de que toda a produção do CD, que conta com 14 canções, foi baseada num conceito moderno de neutralização da emissão de carbono. Concedido pela organização PRIMA – Projeto de Reflorestamento Integrado da Mata Atlântica, o selo Mudanças Climáticas envolveu a neutralização de aproximadamente 575 toneladas de carbono, com o plantio de cerca de 115 árvores.

O trabalho do artista é o primeiro no Brasil a apresentar a preocupação em compensar os impactos de sua produção ao meio ambiente. Toda a emissão de carbono gerada na sua produção foi revertida no plantio de mudas de espécies nativas da Mata Atlântica, num sítio do próprio Ney, localizado em Sampaio Corrêa, distrito do município de Saquarema.

“Nós já vínhamos fazendo essa compensação do carbono nos nossos shows. E o selo no CD é uma consequência disso. A ideia é chamar a atenção das pessoas e mostrar que elas podem, por meio de medidas simples como o plantio de árvores, contribuir para a melhoria do meio ambiente”, explica Ney Matogrosso.

Para o coordenador geral da PRIMA que trabalhou diretamente na aprovação do selo para o CD, Ricardo Harduim, não foi fácil calcular os dados da emissão de carbono, já que a produção do disco envolveu uma série de atividades em diferentes regiões do Brasil.

“Tivemos que levar em consideração a energia elétrica gasta nas várias horas de estúdio e na produção do disco em Manaus, e o gasto de combustível para enviar o material à São Paulo e também para distribuir os CD às principais cidades do país”, disse.

Cada árvore da Mata Atlântica tem capacidade para sequestrar aproximadamente cinco toneladas de carbono num período de 21 anos. E foi com base nessa média que os técnicos da PRIMA calcularam quantas árvores Ney deveria plantar em seu sítio.

Segundo Harduim, a atitude de Ney Matogrosso é “pedagógica” e deverá replicar o conceito de sustentabilidade para outros artistas brasileiros. Ele afirmou que a metodologia da PRIMA pressupõe o trabalho de conscientização ambiental e que Ney Matogrosso participou pessoalmente do plantio.

A certificação de neutralização do carbono resulta de um levantamento de todas as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) de uma instituição, empresa ou mesmo um evento que possa permitir um estudo e cálculo seguro do que é necessário para garantir a compensação ambiental do carbono emitido.

O selo PRIMA Mudanças Climáticas, no Brasil, é validado pela Rebia (Rede Brasileira de Informação Ambiental), pelo projeto BECE (Bolsa Brasileira de Commoditties Ambientais) e pela ONG Grupo Brasil Verde. No exterior, dão credibilidade ao selo a Associação para a Valorização do Ambiente, Cultura, Patrimônio e Lazer (OCRE) e o Sistema de Integração Municipal América Área Sul (SIMAAS).

fonte: O Globo

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